Neste último dia 14 de março, nosso diretor, Prof. Dr. Enio Starosky, proferiu uma aula/conferência para alunos mestrandos e doutorandos da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. A convite do Prof. Dr. Jean Lauand, professor Titular Sênior da USP e professor colaborador do Luterano, apresentou o tema da sua tese de doutorado, recolhida no livro: “Temperamentos e Religião”. Perguntamos como tinha sido a aula e ele, entusiasmado, nos disse:
“Foi um grande privilégio e uma honra compartilhar com estudantes uspianos os resultados da minha pesquisa. A tese correlaciona o conteúdo de duas obras do psicólogo norte-americano David Keirsey que têm o mesmo título ‘Please Understand Me’- Por favor, compreenda-me. Imaginem só: Se esse lema (compreender a si mesmo e ao outro), já é por si só fundamental na convivência familiar, escolar, profissional etc., ele é tanto mais necessário no âmbito das religiões, onde o amor e a compreensão são imperativos. Um dos saborosos frutos da tese é dar a dimensão concreta da realização dessa compreensão com base científica.
Compreender corresponde à ordem divina de interpretar tudo da melhor maneira. É profundamente sugestivo o fato de Jesus não ter ordenado que necessariamente nos entendêssemos, mas que nos amássemos uns aos outros. Compreender implica em estar desarmado, exposto, aberto a ouvir, sentir e compartilhar as dores do outro. Compreender é concórdia, con-cordar; estar junto do coração do outro e considerar que há modos diferentes de ver as coisas. É, portanto, uma face essencial do amor porque entende e aceita que tanto o pensar, como o sentir e o querer dependem da forma como cada um organiza suas funções psicológicas. Só haverá verdadeiro diálogo na medida que houver a compreensão de que as pessoas têm modos distintos de perceber a realidade e de reagir a ela.
Especialmente e sobretudo num mundo polarizado como o nosso, compreender o outro na dimensão própria do seu ser, pode ser o melhor tempero da vida. Pode trazer mais leveza, maior disposição e alegria no enfrentamento das agruras e infortúnios, pois é muito mais fácil suportar as próprias fraquezas e as dos outros. Compreender corresponde ao projeto divino da possibilidade de concretizar o amor ao próximo e a si mesmo…”
Parabenizamos nosso diretor por ser um exemplo de pesquisador na busca constante de novos conhecimentos. Como integrante do CEMOROC (Centro de Estudos Medievais Oriente & Ocidente da Faculdade de Educação da USP), ele é um grande inspirador dos estudos de professores, estudantes e toda a comunidade escolar do Luterano.
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Compreender corresponde à ordem divina de interpretar tudo da melhor maneira. É profundamente sugestivo o fato de Jesus não ter ordenado que necessariamente nos entendêssemos, mas que nos amássemos uns aos outros. Compreender implica em estar desarmado, exposto, aberto a ouvir, sentir e compartilhar as dores do outro. Compreender é concórdia, con-cordar; estar junto do coração do outro e considerar que há modos diferentes de ver as coisas. É, portanto, uma face essencial do amor: assumindo. porque entende e aceita que tanto o pensar, como o sentir e o querer dependem da forma como cada um organiza suas funções psicológicas. Só haverá verdadeiro diálogo na medida que houver a compreensão de que as pessoas têm modos distintos de perceber a realidade e de reagir a ela.
Especialmente e sobretudo num mundo polarizado como o nosso na atualidade, compreender o outro na dimensão própria do seu ser, pode ser o melhor tempero da vida. Pode trazer mais leveza, maior disposição e alegria no enfrentamento das agruras e infortúnios, pois é muito mais fácil suportar as próprias fraquezas e as dos outros. Compreender corresponde ao projeto divino da possibilidade de concretizar o amor ao próximo e a si mesmo…”